sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Ptolomeu

 Ptolomeu nasceu na cidade de Ptolomais, à  beira do rio Nilo, 200 anos DC. Ele foi o último astrólogo. Não era parente dos reis do Egito com o mesmo nome. Ele defendeu o mundo geocêntrico (a Terra  como centro do universo) que foi assim
considerada por  1500 anos! Isso mostra que muitas cabeças inteligentes podem ficar completamente erradas por  séculos.Todos eles acreditavam que os planetas giravam em círculos perfeitos ao redor da Terra. Os astrólogos de hoje não sabem nada sobre precessão dos equinócios (o eixo da Terra gira num círculo de 360º durante 23000 anos) mas Ptolomeu sabia.Eles não sabiam nada sobre galáxias, pulsares, aglomerações, buracos negros, etc. Tudo isso foi
descoberto depois, mas Ptolomeu era um observador e não um astrólogo de cadeira. Ele deu nomes às estrelas, fez uma lista delas, previu  os eclipses - mas com um pequeno erro, que ele simplesmente falsificou depois (o que nos é muito familiar). Ele acreditava que a Terra era o centro do universo e os planetas giravam ao redor dela.
 Ptolomeu foi o último dos grandes cientistas gregos, responsável por sintetizar a obra de seus predecessores, estudando não só astronomia, mas também matemática, física e geografia.A obra principal de Ptolomeu é A grande síntese, geralmente citada com o título da tradução árabe: Almagesto. Nesse livro, o cientista adota o sistema geocêntrico: a Terra encontra-se no centro do universo, e em torno dela giram Mercúrio, Lua, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno. De acordo com Platão e Aristóteles, as órbitas desses astros seriam círculos perfeitos. Mas a observação astronômica forneceu elementos incompatíveis com esse esquema. Por isso, Ptolomeu inventou um complicado sistema de oitenta epiciclos em que se movimentariam esses astros. Segundo Ptolomeu, um epiciclo é a órbita circular descrita por um planeta, enquanto o centro dessa órbita descreve outra, igualmente circular, ao redor da Terra.
 A idéia do astrônomo foi adotada pelos teólogos medievais, que rejeitavam qualquer teoria que não conferisse à Terra o lugar de centro do universo. O sistema de Ptolomeu foi mantido e ensinado durante quase 14 séculos. Só no século 16
Copérnico o substituiu pelo sistema heliocêntrico, depois confirmado por Galileu. No começo do século 17, Kepler removeu as últimas dificuldades, demonstrando que os planetas não giram em círculos, mas em elipses.

Na área da física, temos duas de suas obras: Óptica, em que ele trata da refração, e Harmonias, na qual se refere à acústica e à teoria matemática dos sons empregados na música grega.
 Mas Ptolomeu também foi geógrafo. Sua obra Introdução à geografia exerceu profunda influência nas gerações seguintes. Inúmeras edições foram publicadas.
Erasmo de Roterdã editou o texto grego em 1533. Dividida em oito livros, a Introdução contém 27 mapas. Apesar de numerosos erros, foi considerada obra clássica até o século 16.
 Foi através da obra de Ptolomeu que a civilização medieval fez seu primeiro contato com a ciência grega. Os árabes, que o consideravam um grande mestre, traduziram do grego os seus livros e foram os responsáveis pela preservação do Almagesto.


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